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sábado, 6 de abril de 2013

Sobre o espetáculo "Zero".

(Imagem: Divulgação)

Tive a oportunidade de conferir o espetáculo “Zero”, de Don Correa, na sessão desta sexta-feira.
Platéia lotada. Maior expectativa para conferir o trabalho que é resultado de investigações teatrais do Núcleo de Dramaturgia do SESI Curitiba.
O espetáculo, falado em inglês, instiga pela forma como apresenta seus elementos e como a atuação desenha a cena.
A língua torna-se secundária por não ser acessível a todos. Mas a maneira como se preenche as lacunas do idioma é, talvez, o mais interessante. Desvia-se a atenção para a imagem, para a forma como as palavras são ditas, para o clima que se instala e preenche o espaço vazio - com iluminação mínima e movimentação enxuta. Traz a influência das pesquisas realizadas no Núcleo de Dramaturgia, mas foge da simples réplica por não permanecer apenas na superfície formal de uma possível estética comum.
Durante cerca de 30 minutos, um homem se apresenta (um homem social, um homem e a família, um homem e o mundo, um ser no sistema, uma criatura que oprime e é oprimida, um homem e a sua existência).
Correa faz seu espetáculo contundente por apresentar com propriedade questões tão complexas da contemporaneidade e encontra na atuação de Brian Townes correspondente a altura.

ZERO
Texto e direção: Don Correa
Com o ator nova-iorquino Brian Townes
6/4, 22h00
Coletivo de Pequenos Conteúdos
TUC (Galeria Júlio Moreira, Largo da Ordem)

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